Pacaembu é arma e algoz de duelistas na semi da Libertadores
O palco de decepções em Libertadores anteriores se transformou no trunfo corintiano nesta edição do torneio.
O time venceu todos os cinco jogos que disputou no Pacaembu. Além disso, não sofreu nenhum gol no estádio.
A marca dá confiança ao Corinthians, já que a campanha do Santos como visitante neste torneio é fraca.
Com três derrotas e só uma vitória em cinco partidas, a equipe tem desempenho bem diferente do da trajetória campeã de 2011, quando só perdeu uma vez, na fase de grupos. Na época, Muricy Ramalho admitiu que o título teve como pilar as boas atuações fora da Vila Belmiro.
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Fachada do estádio do Pacaembu |
"Temos uma vantagem dentro de nossa casa, porém não é o fundamental. São quatro fatores decisivos: foco equilibrado, qualidade técnica, os homens de marcação e o físico", declarou Tite, treinador do Corinthians.
Comparando a qualidade técnica citada por Tite, os armadores dos times são os espelhos dessas campanhas.
Como mandante, Danilo acerta todas as bolas no gol, como visitante, só 40% delas. Já Paulo Henrique Ganso recebe quase duas vezes menos bolas fora de casa --32 a 59.
No últimos anos, jogar no Pacaembu pela Libertadores foi considerado um estorvo dentro do Corinthians. A pressão da torcida para conquistar a taça inédita, obsessão no clube, fez com que o time temesse atuar em casa.
Culpa ainda das cenas de 2006, quando houve a eliminação para o River Plate, e torcedores tentaram invadir o gramado, revoltados.
E, assim como nesse fracasso, o Pacaembu estará lotado. Todos os ingressos já foram vendidos, pela internet, em cerca de oito minutos.
Receosos da reação dos torcedores em caso de derrota e com medo de vandalismo, funcionários do clube até tiram seus carros do centro de treinamento antes de jogos eliminatórios, como aconteceu contra o Emelec.
Tudo isso poderia ser usado favoravelmente pelo Santos, clube que até pode considerar o Pacaembu como sua segunda casa. Foi no estádio que o clube ergueu a taça da Libertadores de 2011.
Mas a trégua dada pelos torcedores corintianos, a ponto de Tite ser recebido com ovações na arquibancada após ter sido expulso no jogo contra o Vasco, pelas quartas de final, e a campanha medíocre do rival como visitante fazem com que o fator casa pese favoravelmente ao mandante hoje.
fonte: Folha de S. Paulo
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