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CORINTHIANS empata contra o Boca Juniors e a Decisão fica em aberto

ALAN RASTRERO | 6/28/2012 02:11:00 AM |


Corinthians reage e empata na Bombonera com gol de Romarinho

Em um jogo muito truncado, o Corinthians arrancou empate por 1 a 1 com o Boca Juniors, em La Bombonera, em Buenos Aires, graças a um gol de Romarinho, no primeiro jogo da final da Libertadores.

A segunda e decisiva partida será na próxima quarta-feira, no Pacaembu, às 21h50. Diferentemente das outras fases do mata-mata, na final gol feito fora de casa não conta como critério de desempate. Ou seja, quem vencer é campeão. Empate provocará prorrogação e depois pênaltis.


Donos da casa na primeira final, os argentinos iniciaram a partida como manda o figurino do bom mandante: marcação sob pressão, muitas bolas altas na área e rapidez. Com 1min, Schiavi subiu sozinho e cabeceou por cima do gol de Cássio, assustando os brasileiros.

Mas um compacto Corinthians, que tinha até Jorge Henrique ajudando Alessandro na marcação na lateral direita, rechaçou as tentativas argentinas. E buscava o contra-ataque. Paulinho devolveu e obrigou Orión a boa defesa.

A Bombonera pulsou, mas o Corinthians não sentiu a pressão de jogar na mítica cancha argentina e saiu para a partida, trocando passes no campo de ataque e deixando o Boca longe do gol de Cássio.


Sem criatividade para furar a retranca armada pelo Corinthians, o Boca seguiu apostando nos incansáveis chuveirinhos. A melhor chance apareceu após boa triangulação entre Riquelme e Ledesma, que cruzou para Santiago Silva emendar uma bicicleta, mas a bola parou em Alessandro.

O Corinthians era mais efetivo em campo. Apesar de não ter tido mais chances além do chute de Paulinho, o time marcava forte, tinha uma boa pegada e deixava Riquelme isolado. Com isso, anulava a melhor arma de criação argentina.

Emerson deu trabalho para Roncaglia na direita. O lateral levou amarelo e no fim da primeira etapa só não foi expulso por conta de outra falta em Emerson porque o árbitro Enrique Osses deixou barato. O camisa 11 alvinegro ainda protagonizou dois bate-bocas com Erviti.

Tite, porém, teve uma baixa. Jorge Henrique, com dores na coxa, foi substituído por Liedson.

Ao fim do primeiro tempo, o Corinthians desceu para os vestiários com um bom placar e uma grande vantagem psicológica, por não ter cedido à (tentativa de) pressão do Boca.

O clube argentino voltou disposto a tirar o Corinthians da sua zona de conforto. Boa troca de passes e a bola chegou até Riquelme, que bateu com estilo, mas por cima do gol logo no início da etapa final. A alternativa encontrada pelos argentinos foi começar a chutar fora da área.

O Corinthians fazia uma grande partida no aspecto tático. Mas pecava na hora de sair para o ataque, desperdiçando bolas bobas. Assim, mesmo com o Boca não estando em uma grande noite, o alvinegro trazia os argentinos para sua defesa.

Riquelme deixou Mouche na cara de Cássio, mas o atacante bateu nas mãos do arqueiro. Era o Boca apertando em busca do gol para lhe dar vantagem na eliminatória. E de tanto cruzar, marcou. Foi chorado, mas saiu o gol do Boca. Santiago Silva cabeceou, Chicão salvou em cima da linha com a mão (levou cartão amarelo), a bola rebateu na trave e Roncaglia chutou para abrir o placar, ao 28min.

Depois disso, Tite sacou Danilo e colocou Romarinho. E que estrela! Do treinador e do atacante. Paulinho roubou a bola no meio de campo e disparou. Tocou para Emerson, que se livrou da marcação e achou Romarinho, que tocou por cima de Orión e empatou aos 39min.

Depois da igualdade, o time tratou de se defender e segurou o placar.

Graças a Deus, brilhou a minha estrela, comemora Romarinho

Herói no domingo, herói nesta quarta-feira. Logo após marcar dois gols no clássico contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, o atacante Romarinho, 21, contratado há um mês pelo Corinthians, saiu do banco aos 39 minutos do segundo tempo para ser o responsável pelo empate por 1 a 1 com o Boca Juniors, pela primeira partida da final da Taça Libertadores da América, em plena Bombonera. E ele, claro, comemorou bastante.

Leo La Valle/Efe
Romarinho comemora o gol em Buenos Aires
Romarinho comemora o gol em Buenos Aires, após dar toque com categoria por cima do goleiro do Boca Juniors

"Graças a Deus, minha estrela brilhou e hoje pude dar essa alegria à nossa torcida", disse, ainda no gramado, o atacante que foi inscrito no lugar do volante Edenílson, lesionado.

"Fiquei muito feliz, saí do banco e consegui isso. Agora vamos para o Pacaembu. Vai ser muito emocionante lá", completou o jogador que entrou no lugar de Danilo em Buenos Aires.

Além de ainda precisar "se apresentar" para parte da imprensa --"comecei no Rio Branco, passei pelo Bragantino e agora estou aqui"--, o camisa 21 explicou como foi o gol: "Primeiro toque [na bola] meu e consegui finalizar. Vi que ele [o goleiro do Boca] estava meio caindo, e dei um toque por cima".

NOVATO

Romarinho foi apresentado como novo jogador do Corinthians no último dia 4 de junho, mas já vinha treinando desde o final de maio, esperando conseguir ser inscrito na Libertadores.

O atleta chegou do Bragantino, assinou um contrato por quatro temporadas e ganhou o apelido de Superchoque [personagem de desenho animado que possui o cabelo parecido com o do jogador].

FILHO DE ROMÁRIO?

Visivelmente cansado de responder basicamente as mesmas perguntas, o camisa 21 aproveitou para "deixar bem claro que não sou o filho do Romário". A gafe chegou a sair na imprensa argentina, para risos do jogador. "Eu vi essa matéria, sim".

"O futebol muda a vida da gente do dia para a noite".

ELOGIOS

Companheiro de posição e também um dos jogadores que entraram durante o confronto, Liedson exaltou Romarinho.

"Ele é um excelente garoto, com um talento enorme e tem que aproveitar essa estrela. Até falei isso para ele antes. Tem de jogar a bola no moleque", declarou.

O meia Alex foi outro a elogiar Romarinho: "Ele parece que chegou no monento certo. Fez o gol com uma qualidade tremenda. O moleque está iluminado, joga a bola no Romarinho, uma frieza grande".

A segunda e decisiva partida será na próxima quarta-feira, no Pacaembu, às 21h50. Diferentemente das outras fases do mata-mata, na final gol feito fora de casa não conta como critério de desempate. Ou seja, quem vencer é campeão. Empate provocará prorrogação e depois pênaltis.

Boca Juniors x Corinthians

Liedson, Romarinho, Paulinho e Alex (da esquerda para a direita) comemoram gol do Corinthians sobre o Boca Juniores, em La Bombonera, em Buenos Aires 
Jogadores do Corinthians agradecem à torcida no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, depois do empate por 1 a 1 no jogo de ida da final da Libertadores 
Romarinho dá um toque por cima do goleiro Orion e marca o gol de empate do Corinthians em La Bombonera 
Romarinho levanta os braços e comemora gol do Corinthians sobre o Boca, em La Bombonera, em Buenos Aires 
Facundo Riquelme reclama durante partida contra Corinthians durante Libertadores em Buenos Aires 
Facundo Roncaglia comemora após primeiro gol contra Corinthians durante Libertadores em Buenos Aires

Lance que resultou no gol do Boca, marcado por Roncaglia 
O atacante corintiano Emerson discute com Erviti, do Boca Juniors, ainda no primeiro tempo 

Paulinho, do Corinthianas, passa por Schiavi, do Boca 

Alex, do Corinthians, lamenta após perder chance contra o Boca Juniors, em La Bombonera, em Buenos Aires 

Santiago Silva, do Boca Juniors, e Alessandro disputam a bola durante a primeira partida da final da Libertadores 

O corintiano Danilo disputa jogada contra Erviti (11), do Boca 

O corintiano Paulinho parte com a bola dominada marcado de perto por Leandro Somoza 

Riquelme, do Boca Juniors, briga pela bola com Alessandro, do Corinthians, no primeiro jogo da final da Libertadores, em La Bombonera, em Buenos Aires 

Paulinho, do Corinthins, e Matias Carusso, do Boca Juniors, brigam pela bola 

O corintiano Leandro Castan disputa a bola com Pablo Mouche, do Boca Juniors 

O goleiro Cássio, do Corinthians, impede jogada ofensiva observado de perto por Riquelme, do Boca Juniors 

Riquelme, à frente, e Alessandro em lance da partida entre Boca Juniors x Corinthians, em Buenos Aires 

Torcedores do Boca Juniors durante a partida contra o Corinthians em Buenos Aires 

Pablo Ledesma, do Boca, e Fábio Santos, do Corinthians, brigam para cabacear a bola 

Paulinho (esq.) e Rolando Schiavi disputam a bola durante a partida pela Libertadores, no estátio La Bombonera

Paulinho (esq.) e Leandro Somoza, do Boca, brigam pela bola durante a partida pela final da Libertadores 

Danilo disputa jogada contra Erviti (11), do Boca

Maradona durante a partida entre Boca Juniors x Corinthians pela final da Copa Libertadores no Estádio La Bombonera 


Jogadores do Boca Juniors posam para foto com crianças antes do início da partida contra o Corinthians Leia mais
Publicado na Folha de S. Paulo

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