Vendedores dão tiro no escuro, usam criatividade e drama do Palmeiras para lucrarem com Mundial (30/11/12-06h03)
Comércio popular vende de tudo: brinquedo, canivete e até chinelo
Uma marreta de pelúcia que toca músicas das arquibancadas, xícaras, barracas de praia, roupa de cama, ‘portas-tudo’. Produtos não faltam para saciar a loucura do bando de torcedores do Corinthians. Às vésperas do Mundial de Clubes, comerciantes exploram a criatividade, o drama do rival Palmeiras rebaixado e se arriscam para turbinarem as vendas.
O bom momento do Timão, a proximidade do Natal e o bolso do cliente mais cheio com o 13º salário enchem os olhos dos vendedores do comércio popular de São Paulo. O fim de ano promete ser mais gordo para quem tem boas ideias e iniciativa para atrair o corintiano.
Gerente do Lojão dos Esportes, estabelecimento na tradicional Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, Valdir Lopes admite que deu um ‘tiro no escuro’ ao fazer o planejamento neste fim de ano. Otimista com o torneio na Ásia, ele aumentou as encomendas de artigos do clube em até sete vezes.
Normalmente, são pedidas aos fornecedores de 24 a 36 camisas de jogo por mês. Agora, o número aumentou para 160 blusas, que sairão ao consumidor ao preço de R$198 cada.
Já começaram a chegar à loja as 180 bandeiras (R$ 32 cada) encomendadas, um número sete vezes maior em relação a outros meses do ano, quando eram pedidas 24.
“A venda está acima do normal. O Corinthians mexe com o povo e vendeu igual água. Mas agora fui ousado e pedi um número bem grande. Dei um tiro no escuro porque não temos bola de cristal. Mas resolvi arriscar. Não queria me arrepender depois e ficar pensando ‘ah podia ter comprado’”, disse.
Dono da barraca Gaivota Modas, na mesma rua, Ernandes Passos também foi ousado ao se organizar para o período do Mundial. Toda semana ele encomenda uma grade com 12 camisas masculinas de jogo, vendidas a R$ 35. Agora, pediu o dobro. A estratégia já deu resultado, e todas esgotaram.
Quem aposta em produtos mais originais e diferentes também não tem do que reclamar. Na loja Drina, o torcedor pode equipar sua casa com brinquedos, porta-revista, porta-retrato, relógio de parede, canecas, copos, bichos de pelúcia e almofadas do Corinthians. Ele pode gelar suas garrafas em um balde para gelo e usar um canivete com o símbolo alvinegro. Até na praia fica perto do time do coração com cadeiras e guarda-sol do Timão.
O vendedor da loja Maurício Dourado, corintiano declarado, se rendeu às tentações do local de trabalho e comprou uma garrafinha para beber água. Os produtos fazem tanto sucesso que rapidamente se esgotam das prateleiras.
“A gente faz pedido, chega e vai embora. Tenho uma cliente de 60 anos que vai viajar para o Japão para ver o Mundial. Ela chegou aqui querendo fazer um kit. Toda semana ela vinha e comprou de tudo. Até barraca de praia”, contou.
O autônomo Ricardo Carlos Salim ficou satisfeito com as ofertas e vai decorar a parede de seu quarto com adesivos do Corinthians. “Tem bastante opção. Meu quarto já é todo preto e branco”, disse.
A criatividade é uma grande aliada dos oportunistas que querem lucrar com a boa fase do clube. O corintiano e dono de uma estamparia, Ari Penas, criou faixas com a inscrição “Chora Porco” especialmente para serem levadas para o torneio da Fifa no Japão.
Em média, 300 faixas “Chora Porco” são confeccionadas semanalmente neste período pré-Mundial em uma estamparia na Zona Norte de São Paulo. Em menor escala, estão sendo produzidas faixas com a inscrição “Vai para cima delas”, em provocação aos são-paulinos. As faixas de mão custam R$ 3. Bandeiras têm preços que variam de R$ 100 a R$ 400.
via UOL Últimas Notícias - Esporte - Futebol - Corinthians http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/mundial-de-clubes/ultimas-noticias/2012/11/30/vendedores-dao-tiro-no-escuro-usam-criatividade-e-drama-do-palmeiras-para-lucrarem-com-mundial.htm
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