Marin explica recusa para chefiar delegação do Corinthians no Mundial

Presidente da CBF diz que compromissos o impediram de aceitar o convite e voltar a falar de escolha de Felipão. Blatter desconversa sobre Del Nero

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, aproveitou a coletiva realizada pelo Comitê Organizador da Copa do Mundo, em São Paulo, para explicar a recusa para ser chefe da delegação do Corinthians no Mundial de Clubes, que será disputado no Japão, em dezembro. Segundo o dirigente, os compromissos com a Fifa e com a CBF não o deixarão cumprir o cronograma programado pelo clube paulista.

- Teremos a entrega do prêmio dos melhores do Campeonato Brasileira, na segunda-feira, e reuniões do Comitê Executivo da Fifa, em Tóquio. Não terei o tempo necessário para atender o gentil convite do Corinthians. Agradeço mais uma vez, mas eu não teria como dar total atenção ao clube. Tenho uma responsabilidade maior como presidente da CBF – disse.

O presidente da CBF foi convidado para ser o chefe da delegação do Corinthians após recusa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O político preferiu não viajar ao Japão por questões de saúde e acompanhará o clube de coração do Brasil. A decisão de Marin de não seguir com o time foi confirmada de forma oficial na noite da última quinta-feira.

Além disso, o dirigente foi convidado para acompanhar a comitiva da Fifa durante a disputa da competição. A estreia do Corinthians no Mundial está marcada para o dia 12 de dezembro, contra o vencedor do confronto entre Sanfrecce Hiroshima ou Auckland, da Austrália, e Al Ahly, do Egito.

Marin fica incomodado com questão sobre Felipão

Com veemência, Marin também voltou a falar da escolha de Luiz Felipe Scolari. Questionado se o Governo Federal teria tido algum tipo de interferência sobre a decisão da CBF, o dirigente ficou incomodado.

- A escolha de um técnico da CBF compete à CBF. Sempre estive e estou consciente disso. Assumo totalmente a responsabilidade. Não quero dividir com ninguém. Cabe a mim, como presidente da CBF, ter a coragem e assumir de forma total e indiscutível essa escolha do técnico e do coordenador técnico.

Blatter prefere não comenta problema de Del Nero com a Justiça

O assunto Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista e vice da CBF, também entrou nos questionamentos durante da coletiva desta sexta-feira, em São Paulo. A pergunta foi relativa à investigação da Polícia Federal, que na última segunda-feira apreendeu alguns documentos do dirigente, que precisou prestar esclarecimentos à PF.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi o responsável por responder à imprensa.

- A investigação está sendo realizada. Não tem ligação com o futebol, mas estamos esperando os resultados da polícia. Por enquanto, não tenho comentários sobre isso – afirmou o presidente da entidade máxima do futebol.

Logo após a coletiva, Del Nero foi questionado sobre o assunto e preferiu não entrar em detalhes sobre a investigação.

- Já prestei esclarecimentos. Não tenho mais nada para falar.