Após temer Justiça, Emerson espera apoio de japoneses no Mundial

As constantes polêmicas vividas por Emerson fizeram com que o jogador obtivesse a idolatria do torcedor corintiano. Além dos dois gols marcados na final da Copa Libertadores, Sheik coleciona histórias inusitadas nos bastidores do futebol e admitiu nesta terça-feira que chegou a ter medo de ficar fora do Mundial devido a uma de suas aventuras em solo japonês.

O atacante acumulou problemas no início de sua carreira e teve irregularidades descobertas em sua certidão de nascimento no período em que defendeu o São Paulo. Com problemas de documentação no Japão, o atleta teve a sua data de nascimento adulterada no passaporte e recordou alguns casos que o deixaram temeroso com relação a uma possível represália da Justiça japonesa.

“Eu fiquei com muito medo”, disse o atleta. “Eu morei seis anos no Japão, e o povo de lá é muito correto e muito certinho. Eu via celebridades serem proibidas de entrar no país. Até o próprio Maradona foi barrado uma vez. Eu fiquei muito assustado com isso, mas o Corinthians e os meus advogados trabalharam rápido. O meu visto já está pronto e é tudo nosso.”

Com todas as suas pendências judiciais resolvidas, Emerson destacou o apoio que vem recebendo de torcedores brasileiros e até mesmo japoneses na internet. O jogador teve uma passagem vitoriosa pelo Urawa Reds e espera rever os torcedores que prestigiaram a sua passagem pelo futebol japonês ao lado da torcida corintiana que viajará para o continente asiático.

“Eu tenho recebido muitos e-mails e mensagens via Twitter de uma galera que quer me ver. Eu não sei se vai ter festa ou alguma coisa. É bom voltar, porque eu vou rever amigos que já me perguntaram até o endereço do hotel. Dos torcedores, eu não sei se vou receber algo, mas só de ir ao jogo do Corinthians e participar da partida junto com os brasileiros é uma demonstração de carinho. Com esse gesto eu já estaria feliz”, comentou.

Antes de se preocupar com o futuro do Corinthians no Japão, porém, Emerson terá de cumprir o seu papel no clássico deste domingo, contra o São Paulo, no Pacaembu. A partida será a última das duas equipes no Campeonato Brasileiro e servirá apenas como um ultimato na preparação realizada por Tite depois do inédito título da Libertadores. No primeiro turno, o clube de Parque São Jorge não soube aproveitar o mando de campo e saiu do mesmo Pacaembu com uma derrota por 2 a 1.