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Corinthians busca hoje a Libertadores, título que tenta há 35 anos

ALAN RASTRERO | 7/04/2012 08:23:00 PM |


O Corinthians está a algumas horas e a uma vitória do maior título de sua história.

Milhões de corintianos esperaram por décadas pela noite de hoje: contra o Boca Juniors, no Pacaembu, Tite e seus jogadores buscam o inédito troféu da Libertadores.

E esperar, assim como torcer e sofrer, é o verbo mais conjugado pelo clube fundado no bairro do Bom Retiro há mais de cem anos.

Último treino do Corinthians

Herói do jogo de ida, atacante Romarinho treina na véspera da finalíssima da Libertadores
Meia Alex se exercita no CT Joaquim Grava

Jorge Henrique, como novo corte de cabelo, trabalha no Centro de Treinamentos corintiano

Paulinho, durante o último treino antes de enfrentar o Boca

Emerson se envolveu em confusão no jogo de ida e tem escalação certa nesta quarta

Goleiro Cássio barrou Júlio César na campanha
Ralf durante o treino no CT Joaquim Grava

Leandro Castán fará a sua despedida após ser negociado para a Roma 

Danilo participa da atividade comandada pelo técnico Tite

O Corinthians pode encerrar uma espera que já dura 35 anos. Ser o dono da América significa mais do que dar a volta olímpica, bordar a estrela no escudo, pintar a conquista no estádio que está sendo erguido em Itaquera.

Ganhar hoje vai significar o fim da virgindade continental, o fim do deboche dos rivais locais, todos já donos de ao menos uma dessas taças.

editoria de arte/folhapress
Liderado pelo mais eficiente sistema defensivo da América, o Corinthians precisa de uma vitória simples contra o Boca Juniors para, enfim, sagrar-se campeão. Qualquer empate leva a decisão para a prorrogação --e pênaltis.

Em Buenos Aires, no jogo de ida, houve empate por 1 a 1. Na final, gols anotados fora de casa não servem como critério de desempate.

Para superar o maior carrasco de brasileiros, do veterano e requintado Riquelme, o técnico Tite pede à torcida a paciência que sempre caminhou ao lado do Corinthians.

A primeira participação do Corinthians na Libertadores foi em 1977, meses antes do inesquecível gol de Basílio na final do Estadual, que encerrou o jejum de títulos de 22 anos, oito meses e sete dias.

Desde então são 35 anos de uma espera que se acentuou em 1991, quando a Libertadores tornou-se obsessão.

Dentro de São Paulo o clube sempre foi absoluto: logo na terceira participação, em 1914, já ganhou o primeiro Estadual. O Rio-São Paulo também veio na segunda edição.

Mas os corintianos sabem o quanto demorou para festejar um título nacional.

Este só veio em 1990, contra o São Paulo, com gol de Tupãzinho, como um Romarinho, que há uma semana saiu do anonimato e do banco de reservas para calar a mítica e temida Bombonera.

Hoje o novo xodó da torcida ficará no banco de novo.



Título internacional só houve em 2000, o Mundial de Clubes. A Fifa organizou e reconhece a conquista, mas ainda falta a Libertadores.

E o Corinthians está perto de ganhá-la em grande estilo. Se bate o Boca hoje, será o primeiro a conquistar a Libertadores de forma invita desde 1978, quando o mesmo Boca alcançou tal proeza, mas em apenas seis jogos.

Entre os brasileiros, só o Santos de Pelé conseguiu em 1963, mas fez só quatro jogos.

Tite não perde na Libertadores desde que o Tolima quase o derrubou do cargo, em fevereiro de 2011. São 13 partidas desde então.

O time que nunca se deu bem na América pode conquistá-la com autoridade após passar por venezuelanos, mexicanos, equatorianos, paraguaios, cariocas, e santistas --com Neymar.

Hexacampeão da Libertadores, décima decisão, fama de mau, o Boca tenta igualar-se ao Independiente como maior campeão da Libertadores, como sete conquistas.

Contra a pesada camisa azul e ouro do Boca, o Corinthians terá a seu favor um Pacaembu lotado e febril.

Cada metro quadrado do tradicional estádio é disputado a gritos por torcedores, patrocinadores, cartolas, políticos, jornalistas, enquanto ingressos são vendidos a preços de carro. O clube instalou telões no sambódromo, mas milhares estarão na porta do Pacaembu mesmo sem entrada. Tudo para saber se tanta espera valeu a pena.

Editoria de Arte/Folhapress



fonte: Folha de S. Paulo

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