Guerrero e Torres: duelo de atacantes no Mundial de Clubes 2012

Guerrero e Torres se enfrentarão na decisão do Mundial de Clubes 2012, no próximo domingo

Redação PLACAR


GUERRERO

Hora da retribuição

Tite batalhou para que o Corinthians contratasse Guerrero. Queria muito o peruano na equipe. Primeiro, porque se declarava fã do futebol dele. Depois, porque sonha em escalar o time com um homem de referência na frente, um centroavante de verdade, da maneira que fazia quando tinha Liedson em grande fase.

Pois Guerrero chegou e os elogios não diminuíram. Pelo contrário, o treinador solta rojões toda vez em que consegue escalar o camisa 9. O problema é que ainda não conseguiu fazer isso como gostaria. Seja por presenças na seleção do Peru, problemas físicos ou suspensões, o atacante não teve uma sequência tão grande assim como titular.

Mas Tite não se abala. Confia na chance de o Timão jogar bem com essa tal referência. Coisa que já aconteceu — como contra o Vasco no Brasileiro, quando Guerrero fez o gol da vitória e se transformou no nome do jogo, até pela movimentação.

Que repita isso no Japão, então, para a satisfação geral da nação alvinegra. E de Tite, claro.

FICHA

José Paolo Guerrero Gonzales

1/1/84, Lima (PER)

1,85 m / 77 kg

CLUBES: Alianza Lima-PER (2002), Bayern de Munique-ALE (2002 a 2006), Hamburgo-ALE (2006 a 2012) e Corinthians (desde 2012)

Jogos pelo Corinthians: 13

Gols pelo Corinthians: 5

PONTO FORTE

Alto e forte, tem porte de centroavante de verdade. Tem proteção de bola invejável e é brigador. A passagem pela Alemanha mostrou bom poder de finalização com as duas pernas e bom cabeceio. Tem mostrado muita vontade e garra com a camisa do Corinthians.

PONTO FRACO

Ainda falta se firmar e se entrosar definitivamente com a equipe, já que Tite vive fazendo testes com o sistema ofensivo e raramente tem em mãos todo mundo que gostaria para escalar a equipe. Por isso, às vezes não sabe se fica na área, esperando pela bola, ou sai dela, para buscar o jogo mais atrás.

TORRES

Desabrocha, El Niño!

O Chelsea pagou 130 milhões de reais para tirar Fernando Torres do Liverpool. Imagine o que se esperava dele em Londres.

Na estreia, passou em branco. Normal. O problema é que no segundo jogo aconteceu a mesma coisa. E no terceiro, no quarto, no quinto… Foi apenas na 14ª vez em que vestiu a camisa 9 azul que El Niño, enfim, marcou pela primeira vez. Mas quem achou que ele iria desencantar depois disso estava enganado. Na primeira temporada pelo novo clube, esse foi o único gol. Decepcionante.

As críticas, evidentemente, foram pesadas nas costas dele. E agora, aos poucos, vai tentando dar a volta por cima e justificar o investimento volumoso que o clube fez. Na temporada europeia passada, a coisa melhorou um pouco (fez 11 gols), mas ainda aquém da capacidade que, acredita-se, ele tem.

No Mundial, o Chelsea quer ver o espanhol dar início ao renascimento definitivo. Afinal de contas, ele tem de substituir ninguém menos do que Drogba. A missão está fácil para ele?

FICHA

Fernando José Torres Sanz

20/3/84, Fuenlabrada (ESP)

1,83 m / 70 kg

CLUBES: Atlético de Madri-ESP (2000 a 2007), Liverpool-ING (2007 a 2010) e Chelsea (desde 2010)

Jogos pelo Chelsea: 86

Gols pelo Chelsea: 19

PONTO FORTE

Tem qualidade. Afinal, já carregou a alcunha de ser um dos melhores atacantes da atual geração do futebol espanhol. É destro, mas cansou de fazer gols, também, com a perna esquerda nas passagens de sucesso por Atlético de Madri e Liverpool. Vem tentando, enfim, se firmar nos Azuis.

PONTO FRACO

Caiu muito de rendimento desde 2010. Tanto é que ficou muito tempo na reserva do Chelsea, principalmente porque o titular, Drogba, era presença incontestável e ídolo da torcida londrina. Atravessou a pior fase da carreira justamente no momento em que conseguiu a máxima valorização financeira.

*Matéria originalmente publicada no Guia 2012 do Mundial de Clubes

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