EXCLUSIVO: Tite alerta para perigos do Al Ahly: 'Equipe fria e calculista'

O técnico Tite reconhece que o Corinthians é o favorito para o confronto contra o Al Ahly, na próxima quarta-feira, pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa. No entanto, o comandante já tem na ponta da língua os pontos fortes da equipe egípcia.

“É uma equipe de bastante experiência, que faz bem a aproximação das triangulações e a transição com posse de bola. Tem jogadores de qualidade, o Aboutrika é cerebral. É uma equipe de força, de imposição física e experiência. No jogo contra o Sanfrecce Hiroshima, nos momentos decisivos, (o Al Ahly) foi uma equipe fria, calculista”, analisou o técnico do Corinthians, em entrevista exclusiva à ESPN Brasil, durante o programa Linha de Passe desta segunda-feira.

De acordo com Tite, o frio intenso que faz no Japão não deve beneficiar nenhuma das duas equipes. Segundo ele, este fator externo não será determinante para o resultado do confronto.

“O frio tira o controle maior, a habilidade, você perde a sensibilidade no pé. Vai ficar um jogo de mais velocidade, a precisão no passe vai ser maior. Mas acredito que para os dois (Corinthians e Al Ahly) não vai ter interferência. Teoricamente, o costume do Chelsea e do futebol inglês, com a característica da grama baixa, molhada e a bola mais rápida, essa adaptação o Chelsea tem mais”, discursou o treinador do Corinthians.

Tite ainda afirmou que espera que o Corinthians mantenha no duelo de quarta-feira as características que apresentou durante a disputa da Copa Libertadores da América. “A responsabilidade, se não é 100% nossa, é quase isso. Eles são franco-atiradores, nós estamos carregando uma responsabilidade. (Que o time) jogue com a cara do Corinthians, de forma agressiva, competitiva, da forma que nos trouxe até aqui. Toda a responsabilidade desse jogo acaba pesando nos nossos ombros”, admitiu Tite, revelando o que pretende falar aos jogadores na preleção antes do jogo.

“Ter uma conversa realista. Um dos materiais que estou guardando é para mostrar o que nos trouxe até aqui, isso na parte da organização tática. Depois, tem a parte da mobilização, vamos repetir o que temos feito, não vamos encontrar chifre na cabeça de cavalo”, afirmou.