Douglas e Juan Mata: duelo de meias no Mundial de Clubes 2012

Douglas e Juan Mata se enfrentarão na decisão do Mundial de Clubes 2012, no próximo domingo

Redação PLACAR

DOUGLAS

Magro e eficiente

O corintiano vibrou quando Douglas, que não por acaso havia recebido o apelido de Maestro na primeira passagem que havia tido pela equipe, retornou ao Parque São Jorge, no começo de 2012.

Mas em pouco tempo tanta expectativa começou a se transformar em decepção. Longe de mostrar a mesma forma de antes, o meia não assumiu a titularidade, como se presumia, nem sequer conseguia jogar bem quando entrava na equipe. Assim, teve papel de coadjuvante na conquista da Libertadores, por exemplo, quando muito se esperava dele.

Foi então que Alex, xodó de Tite, acabou sendo vendido para o exterior, após o torneio continental. Abria-se a brecha para Douglas recuperar a chance de começar jogando.

Ou seja, a boa fase voltou, certo? Nem tanto. Ou, pelo menos, não imediatamente, tanto é que Tite não fez do novo camisa 10 alguém intocável. Era necessária uma transformação que justificasse isso.

E tal transformação aconteceu. Douglas perdeu 7 kg, segundo a comissão técnica, e, mais solto, começou a repetir as atuações de antigamente.

FICHA

Douglas dos Santos

18/2/82, Criciúma (SC)

1,75 m / 75 kg

CLUBES: Criciúma (2002 a 2005 e 2006), Rizespor-TUR (2005 a 2006), São Caetano (2007 a 2008), Corinthians (2008 a 2009 e desde 2012), Al Wasl-EAU (2009 a 2010) e Grêmio (2010 a 2012)

Jogos pelo Corinthians: 122

Gols pelo Corinthians: 19

PONTO FORTE

Mais magro, recuperou a mobilidade em campo. Tem um passe primoroso. Tem, também, precisão nas finalizações de perna esquerda, tanto com a bola rolando como com ela parada, o que faz dele, hoje, o batedor de faltas oficial da equipe. Tem crescido no momento certo na equipe, às vésperas do Mundial.

PONTO FRACO

Assim como na primeira passagem pela equipe, a irregularidade. É capaz de arrebentar em um jogo no domingo e passar despercebido no seguinte, na quarta-feira. Tem de ser mais constante para ser incontestável, o que faz com que a torcida às vezes pegue no pé dele.

MATA

Enfim, matador

A os 16 anos, Juan Mata deu o passo que tanto queria e muitos esperavam. Foi para o Real Madrid. Jovem, passou por um programa de desenvolvimento no clube merengue e, depois, foi para o time B.

E não emplacou. Foi vendido para o Valencia, três anos depois, em mais um caso clássico do futebol quando se acredita que determinado atleta não vai ter tanto destaque.

Mas o meia mudou isso. Pelo novo clube, se firmou e se transformou em um armador de qualidade, com bom poder de fogo. Características que chamaram a atenção do Chelsea, em 2011, e ele continua desenvolvendo e aprimorando até hoje, titular da equipe londrina de maneira incontestável.

Mata organiza o futebol para que Ramires, Oscar e Hazard completem o serviço. Mas não fica atrás, não, na hora de balançar as redes. Em 67 aparições com a camisa azul, marcou 18 vezes. Não é o suficiente para ser o artilheiro do time, mas, sim, para que os adversários levantem as orelhas quando ele começa a rondar muito a entrada da área, pronto para disparar a perna esquerda.

FICHA

Juan Manuel Mata García

28/4/88, Burgos (ESP)

1,74 m / 61 kg

CLUBES: Real Madrid-ESP (2006 a 2007), Valencia-ESP (2007 a 2011) e Chelsea (desde 2011)

Jogos pelo Chelsea: 72

Gols pelo Chelsea: 19

PONTO FORTE

Canhoto e habilidoso, tem visão de jogo típica de um camisa 10. Apesar de ser relativamente jovem (tem 24 anos), é experiente, pois, durante muito tempo, carregou nas costas o peso de ser o cara no Valencia, responsável pelas vitórias e derrotas. Ganhou maturidade para estar à vontade no Chelsea.

PONTO FRACO

Atuou durante muito tempo, na base e no começo no Real Madrid B, como atacante. Então, às vezes é tido como fominha, justamente porque a opção do passe, saindo dos pés dele, normalmente costuma ser boa. Ainda corre atrás das atuações de gala da época em que brilhava pelo Valencia.

*Matéria originalmente publicada no Guia 2012 do Mundial de Clubes

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