Após separação, pai corintiano leva filhas ao Japão para fortalecer relação
Familiares superam período de brigas e, graças ao Timão no Mundial de Clubes, fazem a primeira viagem juntos e esperam voltar mais unidos
Mais que uma invasão corintiana, o Japão presenciará uma invasão de famílias alvinegras em dezembro. Grandes, pequenas, fanáticas, modernas, tradicionais... Todas ansiosas para assistir ao Timão no Mundial de Clubes. Poucas, no entanto, com uma história igual à do pai Roberto e das filhas Bianca e Roberta Oglouyan. A viagem ao outro lado do mundo, para eles, pode render mais que a faixa de bicampeão do mundo, mas também a reafirmação da união da família.
O divórcio no casamento de quase 20 anos afastou o empresário Roberto das filhas. Em processo de reaproximação, a viagem ao Japão será a primeira do trio. A ideia surgiu logo após o título da Libertadores, mas cresceu e se tornou realidade aos poucos. Começou com uma mensagem de texto, vista como brincadeira, mas que evoluiu e se tornou conversa. Só saiu do papel, no entanto, porque Bianca foi atrás: agência, preços, hotéis... Com tudo acertado e ingresso da final em mãos, restava resolver os problemas burocráticos do visto japonês antes de embarcar no início de dezembro.
- A ideia surgiu naturalmente. Tomamos a decisão em conjunto, mas a Bianca agitou. Eu estava naquela de "vou, não vou" depois da Libertadores. Sou corintiano, já fui até mais roxo do que hoje. Estava afastado das filhas, houve a reaproximação, aproveitei e falei: vamos nós três. Espero que vire um marco, que aproveitemos o jogo do Corinthians para fazer disso uma mudança, uma coisa mais forte. Não vai ser fácil ganhar do Chelsea, mas vamos voltar campeões – explicou Roberto.
Quem vê o clima na família hoje nem imagina que houve um período de brigas e separação. Pela diferença de oito anos, Bianca acredita ser uma segunda mãe para Fernanda, estudante. No almoço, os três conversam, brincam e fazem planos. Para evitar novos conflitos, um “código de conduta” bem-humorado foi criado: quem está errado na discussão, pede desculpas. E fim de papo.
Preparados para cerca de 15 dias de convivência 24 horas por dia, Bianca tem certeza de que o trio voltará fortalecido e ainda mais unido do Japão.
- É uma convivência diária que vai fazer diferença depois. Foram quase 20 anos de casados dos meus pais e nesse meio tempo aconteceu muita coisa. Meu pai casou de novo, minha mãe também. É uma família moderna, cada um reconstruiu sua vida nesse sentido. Nesse meio tempo ficamos afastados por briga de pai e mãe. Éramos pequenas, não tínhamos maturidade para entender. Agora nos encontramos como adultos e amigos – afirmou a empresária, formada em gastronomia.
A compra dos ingressos da final foi outra aventura: assim como tantos outros corintianos, Roberto passou noites em claro no congestionado site da Fifa, além de sofrer com as complicações da compra internacional pelo cartão de crédito. Mas, sem nenhum remorso, somente confiança em ver o Timão campeão. E, principalmente, a relação com as filhas mais forte do que nunca.
- Está divertido organizar a viagem, é uma experiência. O Japão é só um meio, foi uma motivação. Poderia ter sido feita outra viagem, para outro lugar. Talvez até sem esse foco. Mas se fizéssemos essa reaproximação sem o Mundial, poderia não ser a mesma coisa. É uma excitação com duas motivações. Pegamos quartos triplos, para ficar juntos mesmo. Brinco que é uma equipe, um time. Já temos nosso código de conduta, e quanto tiver estresss o outro já sabe o que falar (risos). A amizade é o mais importante – completou Roberto.
via corinthians http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2012/11/apos-separacao-pai-corintiano-leva-filhas-ao-japao-para-fortalecer-relacao.html
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